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Mostrando postagens de junho, 2008

Qui qui cê curte?

"-Qui qui cê curte? -Ahn? - De música, assim?" Toda vez em que me deparo com essa pergunta ou algo parecido, sinto-me facear um dilema.Quero dizer, como é que eu vou definir meu gosto músical com poucas palavras? Eu gosto de tudo um pouco, de algumas músicas gosto mais, doutras, menos. Tem algumas que ouço só quando toca por aí, outras que sento na frente do computador e deixo tocando no player (aliás, lembrei-me agora de abri-lo...pronto! Kate Bush!) e tem aquelas que me lembram meus pais, algum amigo, alguma situação, sei lá, alguma coisa. Então comecei a fazer uso do termo "Eclético", só que, depois de ter lido e rido piscinas daquela maldita comunidade , não consigo mais ler, falar, ou ouvir essa palavra sem vir a imagem do Roupa Nova a minha cabeça e minha total falta de personalidade, conhecimento e interesse em música. Óbvio que isto não é culpa do orkut, mas, covenhamos, é a verdade. Daí eu comecei a lascar 'MPB' e me relançavam ou outra pergunta: &q

Possibilidade

Vou contar-lhe do que gostei: Gostei de ter observado-lhe na multidão, admirado-lhe de longe, de ter irritado-me com sua ipertinência de início, e de ter conseguido aproximar-me de você lentamente. Do jeito fofo que você sorri e faz comentários infantis, e do jeito fofo que você me segue ou fica perto de mim. Também gostei da sua raiva involuntária quando vieram flertar comigo, de suas ofensas juvenis a ela, de não gostar que eu desviasse o foco de você, conforme a ignorava . Gosto das espinhas em seu rosto, e do modo que você não está nem aí pra elas, gosto também do que você fez com seu cabelo hoje, não quinta-feira. Da sua altura, das suas mãos, dos seus pés, tudo me chamou a atenção, tão rápido. Mas, por favor, não confunda. Foi tudo fruto de uma observação imaginativa dum turrão carente. Foi tudo armação de possibilidades mentais. Na verdade, você nem sabe que eu existo direito, ou só me acha "da hora pra caramba". Só que eu quero mostrar-lhe o mundo, como é viver em dez

Calor e Frio

"Redescobrir o valor de si próprio é algo muito lucrativo em determinados momentos da vida." Gegório, ou Greg, era um quase adulto como qualquer outro. Aos dezoito considerava-se capaz de proezas melhores do que a de mais velhos ou novos. Tinha um talento ilustre para a música, e sabia que poderia ser melhor do que Chico ou Gil, pois, pra si, já era suficientemente bom e gozava de mais tempo para sua própria evolução. Ele só não falava nada disso pra ninguém, porque também sabia manter sua modéstia impecávelmente bem. Por pequenos atos ilustres depertava a admiração de qualquer pessoa. E seguia sendo. Sempre com a infalível tática de observar de início. Para alguns, precisava de cinco minutos, para outros, meia hora, para alguns, cinco dias, e pra pouquíssimos, a vida toda. Destes difíceis de se compreender, tornava-se amigo. De uma maneira admirável, diga-se de passagem. Greg era o tipo de amigo que apenas aconselhava quando requisitado, tornando-se , assim, muito cordial e