(...)
Cena 5
Camilo e Rita
Camilo: E foi então que pude ler no próprio coração; não consigo arrancar os olhos do bilhetinho que você me deu de aniversário. Palavras vulgares; mas há vulgaridades sublimes, ou, pelo menos, deleitosas. E não sei se nada disso é certo. Não sei mais. Fazer isso com Vilela não é certo.
Rita: - Mas não fizemos nada... ainda.
Camilo: - Rita! É bom que fiquemos onde estamos!
Rita: - Camilo, vou lhe dizer, não há mais como segurar. Você apareceu na minha vida e bagunçou tudo. O jeito com que você me dá atenção, o jeito de você me entender. Coisas simples, pequenas, mas que me fazem mulher. E eu não tenho nada disso com ele.
Camilo: - Rita! Você não é minha!
Rita: - Quem disse que não? Eu sou sua sim! Desde o dia que te vi! Você não saia mais de minha cabeça, e eu confundi a paixão avassaladora que sentia por você com repulsa, até que com seus pequenos gestos, ora de canalha, ora de menino, você me fisgou. Estou presa a você Camilo!
Camilo: - Rita você está agindo como uma serpente, foi-se acercando de mim, envolveu-me todo, fez-me estalar os ossos num espasmo...
Rita: (interrompendo) – Só falta pingar-lhe o veneno na boca! Vamos, Camilo, permita-se! Se eu fui serpente e você presa, devo dizer que vem sendo das mais fáceis! Até agora você permitiu que eu desse o bote em você, não vai deixar que eu termine de atacar? Ande! Me beija, mostre pra mim tudo o que você vem sentindo e quer fazer.
Camilo: - Me solta! (sai, mas para no meio do caminho e volta correndo. Agarra Rita e tasca-lhe um beijo. Os dois caem no sofá.)
(...)
trecho da adaptação que fiz para o teatro
apresentação CEUNSP 23/10/2008 às 21hs
Comentários
Filmou?
Quero ler tudoooooo!!!
Beijaooo e saudade
Mari
Então, acompanho seu blog faz um tempo e adoro seus posts, muito bons *-*
Mas, esse vale o comentário (não que os outros não valham, mãs), afinal A Cartomante é demais e a adaptação para o teatro está muito boa *-*
Queria saber se você pode mandar a adaptação inteira pro meu email (theodora.pl@hotmail.com ou gi_tpereira@hotmail.com)
Uma súplica de uma mera fã de Machado de Assis e Marcelo Aglio (: