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Mostrando postagens de 2010

Quando se quer, se faz.

Quando do conforto da solidão se é retirado, em meio a traumas e desesperos, o encontro. Pontes com o passado, conversas risonhas... Lá estava ao lado, portando timidez estática. Pensar e agir: flertar.  Como se quis, como se fez. Arrepios. Carona, conversa, descoberta. Contatos. Quando no dia seguinte há ansiedade,  Mensagens exteriorizam-se pelos elogios e atenção. Conversas paralelas à rotina. Pensamentos idem. Daqueles que vêm, ocupam e permanecem.  O desejo incontrolável de se ver de novo. Como se quis, como se fez. Carinhos. Conhecer, conversar, comparar. Semelhanças. Quando se segue esperando o novo, não se enxerga o outro lado do sentir. Continuou-se a ir, à gostar a sempre querer. Do modo mais infantil e eficiente, gostar. A alegria de se sentir completo, enfim. Como se quis, como se fez. Encontros. Encontrar, beijar, falar. Gostar. Quando se é perfeito demais,  a ponto de perder a emoção, Depara-se com o receio de viver assim. Um dos lados fincou os pés no chão. Para o pr

Eu não quero escrever.

Momentaneamente, nada definido, nenhuma decisão radical tomada. É que por agora, somente por esses dias ou esse biênio, perdi a vontade de registrar o que sou e a continuidade disso. Não significa que tenha criado antipatia pela tinta e o papel, ou o teclado e o monitor. É um daqueles problemas com antes, durante e depois. O antes que nunca é planejado, rascunhado, feito em moldes: jamais me preparo pra isso e perco o respeito pela atitude. Não faço digestão de assuntos ou determino utopias para palavras; O durante é o tempo e o espaço em que me encontro. Físico ou psicológico - o ato da escrita é daqueles em que um templo deve ser estabelecido e utilizado. Entretanto, sou pagão das letras, pois qualquer canto de qualquer maneira, a qualquer hora - sacra ou não - serve pro regurgito das minhas besteiras. Nenhum rito é cumprido, nem nenhuma bolha é inflada, do mundo externo não estou protegido ou refugiado.  O depois é a vergonha das experiências registradas, o tédio de ceder expli

Retro Dia das Crianças - Earthbound

Não, ninguém aqui entrou num blog de games por engano. É o seguinte: eu acompanho o blog Gagá Games  porque uma das coisas que formou meu caráter e personalidade é o fato de eu jogar video-games desde os 3 anos, incentivado pelo meu pai, inclusive.  Então foi lançado um meme do blog GLStoque  que consiste no seguinte:   I ndique um retrogame que seja bom para a garotada jogar no dia 12 de outubro! Pode ser uma boa introdução ao mundo retrô, ou apenas um jogo divertido para a criançada de um modo geral.   Passei dois dias da data, mas pra mim não importa. Eu achei a iniciativa bacana porque é  uma forma perfeita de eu mostrar esse meu lado gamístico aqui no blog, afinal de contas eu me mostro de tanto jeito por aqui... O jogo que trarei, portanto, foi um que fez com que eu me apaixonasse pelos RPG's de verdade, pelo espírito aventureiro, o enredo e as falas.  Earthbound Lançado para o Super Nintendo em 1994, esse jogo possui no japão o nome de Mother 2, justamente por ser

O que se passa mesmo?

 Essas páginas em branco não sabem o poder que têm. Quem outrora mal podia se controlar com seus segredos e angústias, agora esta defronte de algumas questões antes veladas e venenosas.   É válvula de escape: aumentar o ressentimento até colocá-lo do tamanho de si, e sair andando com ele por aí, destilando conceitos retrógrados e convenientes. Acontece que agora as coisas não são mais assim. O pobre ser falsário revelou-se por conta, quem convive sabe disso, e não há mais desculpas para manter bem atadas as amarras que serviam como estopim ao desequilíbrio. Portanto, não se vive mais encostado em mentiras. Preciso colocar em ordem o meu discurso contra a vida*     Tudo isso é fruto de uma palavra: o egoísmo. Pode ser  fruto de outras também, mas é sobre ela que deve ser projetada a luz de cena, com a finalidade de se obter algum sucesso nas teorias sobre a vida. É um tipo especial de centralização no ego, esse que faz com que o vivente em questão consiga gostar das próprias trag

Pontos de vista.

Eu perco o sono e choro, Sei que quase desespero, Mas não sei por quê. A noite é muito longa, Eu sou capaz de certas coisas Que eu não quis fazer. Será que alguma coisa, Nisso tudo, faz sentido? A vida é sempre um risco, Eu tenho medo. Lágrimas e chuva Molham o vidro da janela, Mas ninguém me vê. O mundo é muito injusto, Eu dou plantão nos meus problemas Que eu quero esquecer. Será que existe alguém, Ou algum motivo importante, Que justifique a vida, Ou pelo menos este instante? Eu vou contando as horas, E fico ouvindo passos. Quem sabe o fim da história De mil e uma noites De suspense no meu quarto Será que existe alguém no mundo? Kid Abelha - Lágrimas e Chuva Bruno Fortunato, Leoni e George Israel - Composição Ver-me, ver a poesia e deixar que me vejam. É o que tem pra hoje e adiante.

Relevo - 02

A convite de Daniel Zanella, tive uma de minhas crônicas - da qual, confesso nem mais lembrar - publicada na segunda edição do Periódico de nome Relevo. Em conjunto com outros peregrinos literários da rede, o compilado traz um fino trato das Crônicas cotidianas.  Evitando delongas: Sem nem saber direito como, agradeço.

OLHA

 Nesse blog não relato coisas que " só acontecem comigo ", mas tô disposto a escrever um troço aqui, e quem não curtir pode clicar naquele x vermelho lá. P orque o blog é meu (tá, agora ficou parecendo outra coisa ), enfim:  Tô aqui pra deixar claro que sou contra a censura, mas a favor do respeito , por isso mesmo digo: crianças, não paguem suas contas em dia.   Sério, o CEUNSP faz uns boletos mucholocos que contam fim de semana como dias úteis (Gente, eles encontraram utilidade no domingo! Isso é sacrilégio!), daí seu boleto sempre vence 1 ou 2 dias antes do quinto dia útil do resto do Brasil. De boas, tô até acostumado a pagar sempre atrasado. A questão é que meu pagamento caiu hoje, na mesma data de vencimento do boleto de setembro, e eu pensei em uma vez na vida ter a capacidade de não pagar juros e taxa de conta vencida. Fui lá, tirei a grana e fui à faculdade quitar minha dívida com a sociedade (ou ao menos, metade dela). O fato é que "não recebemos mensalida

Se eu quiser falar.

- Toma uma cadeira. - Oi? - Senta. - Ah, sim! - Pois não? - Estou com um problema. Na verdade um não, são vários que compõem um maior. - Eu sei. Mas vou fazer que não... - Por favor. Essa conversa e futuro texto têm de ter o desprendimento de uma consulta. - De um desabafo. - De quê? - Na verdade você quer desabafar e só não encontrou como. Então quer escrever, como sempre. - Olha, não dá pra fazer assim não... se você começar a revelar meu subconsciente logo agora, vai ficar difícil de desenvolver o papo. - Sim. Só fiz pra descontrair... mas, prossiga. Qual é mesmo o seu problema? - Eu não gosto de mim. - Disserte. - Assim... até gosto, sabe? Não é que eu vá me jogar na frente de um carro ou bater o meu de propósito amanhã, não é esse instinto suicida, não. - Você não é suicida. Se fosse, nossa conversa seria totalmente outra. - Pois então. O problema é que tem coisa demais em mim que eu não gosto e que queria mudar. - Então muda. - HÁ! NÃO ME VENHA VOCÊ, JUSTO VOCÊ, MANDAR UMA DESSA

Entrelinhas de uma Revanche.

Minha cor é a verde, não que eu assim seja, mas é a que eu elegi desde muito cedo. E também, desde criança, descobri que a dita coloração nomeia e representa o "sentimento (?)" da Esperança. Não tenho medo de sofrer, Eu não me importo em chorar. Tudo que eu quero é viver Um sonho lindo   Conclusão: desde que me entendo apto a discriminar cores, vejo-me apto também a classificar-me como um ser de esperança. Incontestavelmente, sou assim e sou desses. Eis-me mais velho, então, deixando escapar por alguns minutos - desses que formam anos - esquecendo-me daquela que deixo tomar minha dianteira. Com tanta gente nesse mundo Alguém será meu bem querer Porque não vou envelhecer Triste e sozinho  Até quando sou apto a realizar aquilo tudo que me propus? Por que a vida nos faz em essência diferente daquilo que almejamos? Não quero a esperança do amor conto de fadas, da perfeição e do silêncio da discordância. Quero o sofrimento da saudade, aliada a companhia dos defeitos: o res

Cumplicidade Masculina I

         Comprou a passagem, tomou uma água e desceu a escadaria do terminal da Barra Funda. Impressionava-se sempre com cada detalhe daquela cidade, desde uma trinca na parede até a civilização a perder de vista. Havia quatro cadeiras destinadas ao acomodo de quem esperava pelo ônibus com destino ao interior. Olhou bem para quem as ocupava: uma senhora gorda comendo um Club Social e ralhando com sua criança, sentava-se na última da esquerda. De tão espaçosa, achava-se no direito de deixar sua bagagem na cadeira ao seu lado. Na última da direita, encontrava-se um rapaz jovem, de boa aparência. Um rosto de expressão fechada, com sobrancelhas expressivas, mas com traços de jovialidade.          Sentou-se, então, na cadeira que lhe restava, entre os trecos da gorda e seu companheiro de juventude. Lá estavam. Todos mirando de esguio o grande relógio branco à espera das quatro da tarde; a mulher comia e xingava, o moço fechava a cara e lia e ele espiava tudo aquilo.          Não mais que

Condicionado

"    Era taciturna em seus comentários, além de sempre ter algo com o que contribuir. Definitivamente uma boa companhia: divertida na maior parte do tempo, conselheira quando devia ser. Isto é o que confundia.    Pra conseguir encontrar algum superficialismo em toda aquela estrutura feminina necessitaria de muito empenho e olhar clínico. Ela traduzia em seu viver as principais características de uma mulher adulta da década de 10. Da nova década de 10, não daquela em que as mulheres morriam na tentativas de serem ouvidas. Na década em questão, morre quem não quer ouvir alguma delas.     Tinha um bom emprego, conseguido com honra devido aos seus conhecimentos bem aplicados e difundidos. Criara quatro filhos com muita disciplina e virtudes. Era feliz em seu casamento, também.    Tudo estava bem com ela. Acordava e dormia exalando experiência de vida e de conhecimentos." "  Mas..." "  Não há 'mas'. Que mania de esperar o pior quando primeiro descrevem o m

Transição despercebida.

        Talvez haja uma lacuna na divisão etária de nossas psicologias e sociedades, em consequência da priorização pelo desenvolvimento abrupto que se dá em determinada idade. É uma faixa que chega e perdura pouco - pouquíssimo - e que só quando ela passa, percebemos-lhe. Para alguns, dura um ou dois anos, para outros uns cinco e raramente é infinita. É a pós-adolescência.         Esta fase principia-se – ao menos em nossos moldes sociais – com os dezoito anos aproximadamente. É quando o individuo tem consciência de que apenas 25% das coisas babacas que faz efetivamente têm fundamento e respaldo. Trabalhar não é mais pra comprar a calça jeans no fim do mês, ou pra dar uma ajudinha em casa, não só isso, ao menos; é necessário o esboço consciente do que se planeja profissional e economicamente no mínimo para os próximos cinco anos. Não se ganha mais dinheiro para ir à balada e torcer para o juizado de menores não barrar na porta, o que pode até garantir alguma diversão, nem se bebe p

Brio epifânico

Qual é a sua? A minha é do choro,  do cantar da alegria, da dúvida e do fracasso. A minha aplaude em pé e cai ao chão quando sofre. A minha é alvo de outrem: das línguas, das mãos, das mentes malvadas dos corações puros. A sua não sei, mas a minha é da dúvida, da pertinência e até da ambiguidade. A minha não tem moldes,  desenha o próprio. A minha é covarde,  como tem de ser. E se enche de coragem, aleatoriamente. Desconheço o tempo da sua porque o da minha não tem, migra, evolui, sai de si volta pra casa e chora. A minha cresce e aprende conquista e demora Ela é drama e tragédia romance e ação suspense e terror só que principalmente comédia. O amor da sua, quem sabe? O da minha existe, ainda que eu duvide,  ainda que não percebam, ainda que vacile, ainda que permaneça, ainda que evapore... O amor da minha existe e ama cada um que merece e até os que não. Ainda não sei sobre sua honra Da minha pareço bem saber.

Alterego e queísmo.

         Mudei.          E não sei analisar sobre qual ponto de vista esta mudança é positiva. Absurdamente intenso foi dado fato, que – sem margem para dúvidas – ouso até concluir ter mudado mais em um ano do que já houvera em outros vinte, por mais contrário às leis exatas da matemática elementar que pareça. Outrossim, não levantaria da cama de um jeito bem mais forasteiro do que os que estava acostumado. O ar que inalo já possui densidade diferente daquele respirado em tempos áureos, não que tais tempos tenham de fato esvaecido.          O que já experimento outrora não o tinha, portanto as conseqüências infligem danos e constroem vivencias bem mais peculiares do que as antigas. No entanto, isto não me torna excêntrico de forma alguma; todo mundo está aqui pra mudar. Tudo o que percebo é que meus costumes não são mais tão tradicionais como eram, minhas reações não são mais tão compadecidas, e que, mesmo assim, não sofro por isto.          Desconsiderei, ou apenas deixei passar