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Mostrando postagens de 2009

Olfato

Você sabe que alguma coisa mudou na sua vida, quando recebe uma caixinha vinda de longe, e dentro dela vem algo que você esqueceu neste lugar - ainda que um brinco - e uma camiseta vermelha.  E antes desta camiseta vermelha chegar você recebe a dica: "cheire". Então cheira e sente o perfume.  É demais pra um coração que anda apertado saber que tem alguém lá longe que ficou com um pouquinho do seu cheiro e que esse mesmo alguém lhe enviou uma camiseta vermelha com o cheiro dela.  Que conste então, uma epifania é cheirar uma caixa e uma camiseta à 1h00 da madrugada e lutar para as lágrimas pararem, sei lá, tem cada coisa que a gente nunca imagina que vai fazer. E, lógico, cada amor que a gente nunca imagina que vai sentir.

Consumação

 Vou lhe dizer o que amei:  Não saber exatamente o que eu estava fazendo desde o começo, não ter a mínima ideia do porquê de se entrar em um ônibus com frio e sono para uma viagem de dez horas. Amei chegar e te encontrar na multidão despretensiosa, enquanto seu olhar seguia o meu, seu sorriso penetrava em mim. Sensação estranha e terna, descer e ser beijado - e você pode bater o pé dizendo que fui eu que te beijei, jamais afirmarei que o fiz! -, então naquele momento a rodoviária parou pra ver dois mundos distantes entrarem em contato.  Amei beijar sua mão dentro do taxi, mesmo não lembrando depois que havia feito isso; amei ter de chamar dois elevadores; tomar chuva parando o taxi pra você; saber que o ENEM foi adiado "dhy novo"; amei ver você com e sem escova; ser submetido a uma sessão de terapia com Própolis; ser atração turística; saber o que são cinquenta quilos, e o que não são vinte e três; amei ser calado no aeroporto, como nunca amei um "cala a boca" na

Assimetria da Partida.

Será que hoje é o início do resto dos dias da minha vida? Será que amor é ofício? Confesso, não sabia, se devia ir ou ficar. Será que é romantismo dizer que senti dentro de mim o escapismo? O medo não é troco dentro do pouco que vão me pagar. Lá viverei, aqui não posso, chorar. Estou a chegar!

Arquivo bienal.

     De fato, se eu (e observe que pelo pronome, mais uma vez o ego ísmo/centrismo imperará no texto) quisesse fazer um estudo cronológico da existência desta página da internet, nomeada pelo delicioso e quase ínfimo verso de Chão de Giz, confundir-se-ia com minha evolução ao decorrer desses dois anos. Principia-se com a criação do blog naquela noite de julho de 2007 e o estabelecimento de sua ocupação na world wide web: uma página vazia     Uma semana depois, vim a conhecer aquela que seria minha eterna Pierrot, não sem antes pseudonomear-me de Harlequin: fato muito aceito, usado e estudado por mim. Nossa convivência forçada aconteceu apenas no mês seguinte, quando todo o batismo Comédia Dell'art supracidado ocorreu.    Em setembro do mesmo ano, este antro de fato nasceu, saindo da gravidez nua em que se encontrava e parido com a colagem do texto todo remendado do Plínio Marcos, recém lido e cheio de necessidade de aparecer por aí fazendo referência a mim mesmo. Aquela que me ag

Algo a dizer aos meus amores:

 Quanta coisa devia agradecer:  Família, amigos, trabalho, saúde, vida e tudo mais que contém uma existência dessas bonitas de se ver.  E não é isso que deve ser colocado em pauta, não agora, não sob essas condições.  Eu, Marcelo, venho humildemente perguntar se sou o único que pensa ter uma vida dessas de Hollywood. Uma novela gravada no PROJAC, onde tudo dá certo no final e provação por provação serve para aprender uma lição nova. Uma deliciosa repercussão da personalidade que passa pela nossa frente da maneira mais despretensiosa e que desperta aquela  curiosidade de saber "quem sou eu aos olhos dos outros?"  E é bem isso aí. Eu fiz, no mínimo, três escolhas de suma importância na minha vida e sofro no cotidiano as consequências destas.   E todo o motivo deste texto é agradecer meus amigos e familiares por terem tamanha paciência comigo, após refletir que nem eu mesmo me aguento e entendo

Caminho.

                                                    

Um gosto pela vida

Já passei agosto esperando setembro e bem me lembro.  Se pusessem o menino em frente ao espelho e o reflexo fosse maior?  Quem se vê projetado nos próprios sonhos, tem a habilidade de tecer seus próprios tapetes para limpar os pés da sujeira da decepção.  As coisas são bem assim: o homem pensa ter certeza do que será amanhã simplesmente pelo subterfúgio do que fora ontem.  Um copo cheio de prolixidade no café da manhã não faz mal a ninguém: aviva os ânimos subjetivos que há muito não circulam pela corrente sanguínea, dando aquele gostoso comixão e vontade de cuspir palavras uma a uma, e modificá-las os sentidos. Nada tenho vez em quando tudo, tudo quero mais ou menos quanto. A grande beleza é esquecer momentâneamente o controle que temos sobre nossa vida e que as maiores decisões resumem-se em ficar parado ou não. E como eu não nasci pra dar bandeira: Quero viver, quero ouvir quero ver.

Até morrermos, a vida é um texto cheio de vírgulas, travessões e reticências...

Talvez um dos prazeres mais inenarráveis da vida de um homem de vinte anos seja ficar em casa sozinho numa noite de sábado, comendo pizza de quatro queijos, bebendo coca-cola, sentado em frente do computador, com um fone de ouvido dos grandes, cantando bem alto Adriana Calcanhotto , Mart ' nália , Seu Jorge, entre outros; além de sonhar com o amor distante e possível um dia desses e rir feito bobo da própria vida e entender porque as mulheres valorizam tanto esse tipo de coisa - depois de uma semana que começou com uma despedida - e um grande "não sei" pra resposta de toda pergunta, e a vontade quase que inexplicável de mandar essa inabilidade de lidar com palavras difíceis, líricas e estilísticas ir se danar, e de escrever um texto - metaforizando a vida real - sem um ponto final que seja...

Peças de um Quebra Cabeça só

Eu queria escrever um texto. Não só um texto, mas um apanhado geral dos meus sentimentos, à medida que ministro doses homeopáticas de lirismo e de amor. Nem ponto de partida eu acho, daí sigo a antiga dica de uma antiga professora de Português - talvez a única partindo desta que tenha servido - começar a escrever sobe não conseguir escrever. Daí as ideias pintam e bordam, de brincadeira com minha cara, e chegam de mansinho tomando conta do recinto, afim de provocar curiosos efeitos e um misto de "o que é que eu quis dizer mesmo"? Nesse meu texto eu queria colocar tudo o que eu amo. Dizem que as palavras são como um elástico que estica pra sempre e em todas as direções , sem nunca arrebentar. Mentira, não dizem coisa alguma, quem disse fui eu e agora. Tenho que parar com essa mania de achar que minhas metáforas não serão boas o suficiente se não partirem de outrem. Mas voltando no que eu amo, eu acho que colocar tudo o que se ama num texto só é babaquice , por isso eu queria

Uma palavra pela outra.

-Jura!? - Juro. É tudo o que eu sempre quis. - Tipo o quê? - Me dá carinho, me dá atenção, me faz rir. - Mete bem? Espanto: - Em !? Cara de coisa mais normal do mundo: - Perguntei se faz o serviço direito. Alteração nas sobrancelhas: - Eu aqui falando de amor e você vem me falar em putaria ? Serenidade: - É lógico que não. Desde quando sexo é putaria ? ... Tá, eu entendo que vulgarizam isso às vezes... Interrompe: - ... Ainda mais quando usam termos chulos, feito "meter" Pequena alteração: - Ai! Enjoei desse seu puritanismo, sabe!? É só uma palavra diferente pra designar a mesma coisa. Se eu tivesse falado trepar, foder , comer, pimbar , transar ... daria no mesmo! - Chega! - Chega nada! ... Do mesmo jeito que se eu tivesse perguntado "relaciona-se bem?" "executa o ato com maestria ?" Dá tudo no mesmo. Pequena pausa, réplica: -Eu só não te dei liberdade pra tratar o MEU sexo por esse termo. O teu você trata como quiser, o meu não. Marcelo entrou na

Apavorados

E o trato qual é ? É não falar de amor, nega. Mas como não falar de nós? Como esquecer esse pavor que se apodera de tudo? Desconsiderar juras e planos? Sei lá se nasci assim, sei lá se fui criado, se me calejei ou simplesmente escolhi: Eu sou realista. Até demais, até o ponto das vísceras retorcerem-se de pânico do futuro. Porque eu sei que dia a dia eu vou lhe amar por uma coisa diferente. Vou lhe admirar, por coisa e tal. Do âmago me sai um juramento, uma jura que põe em vão o controle sobre a eternidade. E você diz: "Simplesmente não precisa, é lindo mas não realiza o controle que temos de nós. Sabemos do agora, não do após." Ai, menina, lhe amo mais agora. E você, dominando com maestria a arte do juramento jura diferente, mostra a melhor opção pro momento: "Eu lhe juro que vou lutar até não ter mais jeito pra que tudo dê certo." Entre juras e lutas, existem centenas de quilômetros. Entre um homem e uma mulher, absolutamente nada. De hoje em diante: D E

Intitulável.

Pode parecer que eu não me lembre que foi você que aos 3 anos me fez apto a ler. Também pode dar a entender que não foi por sua causa , por ter gravado a minha fala em uma fita cassete, e eu ter me impressionado tanto com o "ouvir"; que eu goste tanto de me expor. É compreensível que pareça que eu me esqueci da fantasia carnavalesca de Cebolinha na segunda fase, e a de Chapolin na terceira, do aniversário de três com o bolo do Bart Simpson e minha cara sobre ele - ainda rio de lembrar - ou o de quatro anos das Tartarugas Ninjas , ou até o de cinco naquele salão enorme, junto com o primeiro da minha irmã, e  os enfeites que você mesma preparou da Turma da Mônica . Não, não apaguei da minha mente você me levando ao SESI a pé no prézinho , de quando perdeu-se meu cartão de entrada, de mim dançando "Azul é a cor do país", ou da minha formatura da terceira fase, onde apareço coçando a bunda no vídeo. De voltar todos os dias da escola e você me deixar no quarto a

Sobre mim enquanto Ser, Assunto próprio e Tipo psicológico

Não é mais dúvida pra mim e pra ninguém a necessidade extrema que eu tenho de autoafirmação. Ontem tive um momento bacana no que diz respeito a isso. Eu estava há tempos com palavras entaladas na goela, precisava tirá-las de lá. Palavras essas, referentes a mim. E que atire a primeira pedra a pessoa que ao conhecer amigos em potencial, ou os mesmos de sempre, não regurgitam enunciados e enunciados sobre si ! Sou bem do tipo, não fujo à regra, invejo quem foge. Então tenho que vir pra cá, meu velho blog de guerra falar de mim. É... não mais!... Ok... não mais tão frequentemente. Sabe o que é? Eu me irritei com o fato de ver que todos os textos daqui eram sobre me , myself and I ! Daí parei, surtei  - pra variar -, conheci pessoas, passei por situações e voltei pra cá. Então pra fechar com maestria eu vou falar realmente sobre mim ( e finjam que acreditam que é a ultima vez!) Certa vez, bem no meu começo de orkut, eu encontrei Carl Jung e sua psicologia. Ele divide os seres-humanos e

Two Lads and a Lady

Are you bad, mad or sad? Tell me Lad the way it is. The crazyness you had To let people be like this. From where did you appear? She was mine in that day. You've robed  my dear. We're in the same way. However my envy comes not from your acts. Your music have made me Writing a song from facts She is the one for you. I'm able to know, thus You've impressed me too,  but don't play with us Lad, you are passing by I'll stay in this scheme You've made the lady cry I'm trying to do the same.

Pra não dizer que não ligo pra isso aqui...

Eu perco o chão. Eu não acho as palavras. Eu ando tão triste. Eu ando pela sala. Eu perco a hora. Eu chego no fim. Eu deixo a porta aberta. Eu não moro mais em mim. Eu perco as chaves de casa, Eu perco o freio. Estou em milhares de cacos, Eu estou ao meio. Onde será Que você está agora? Adriana Calcanhotto - Metade

Meme Musical

Bom, eu acho que já recebi esse meme de no mínimo duas pessoas e até agora não tinha me dado ao trabalho de respondê-lo, e , acreditem, DÁ TRABALHO! Enfim minha gente, as regras são bem simples: 1- Escolher um cantor(a); 2-A cada pergunta feita, terá que escolher um título de uma música e colocar uma frase da música como resposta; 3-Por último, repassar a 7 blogs. Enfim, eu pus mais do que uma frase, para se encaixar no contexto, e escolhi uma cantora que admiro há um tempo, pela sua capacidade de trabalho com as palavras em uma língua tão fria como o Inglês ( é o que eu acho), e por todo seu trabalho cênico, estudo e dedicação. Pouca gente a conhece, ou sabe que a conheçe. Kate Bush   1    1.      És homem ou mulher? “Because we're woman. No, we never die for long, While we've got that little life To live for, where it's hid inside. No, we never die for long, Oh! Woman, two in one, There's room for a life in your womb, woman, Inside of you can be two, wom

Árcade nº 20

Sim, eu estou distante. Mas é que tanta coisa aconteceu este mês. Tantas vontades passaram por mim, tantos sonhos não foram realizados e outros recriados. A intenção deste texto era pra ser sobre ter vinte anos. Contudo, passei da data, chego no dia da mentira pra dizer coisa ou outra. Tanto faz. Na boa, tanto faz muita coisa mesmo, escrever sobre mim tinha se tornado um hábito, não que não o seja, e não que eu não esteja o fazendo. É só que parece que tantas oportunidades passaram simplesmente por eu não estar afim. É o velho fio da inspiração, já dita inesgotável. Apenas reflitemos que nem tudo que é inesgotável é abruptamente utilizado. E o que não é, é o mínimo necessário para nossa existência , a água por exemplo. As águas de Março. Fecham o verão e prometem vida ao meu coração. Eu estava com saudade, admito, do friozinho da chuva. Tolo! Sempre esqueço que essas coisas me fazem lembrar o quanto faz falta alguém pra abraçar e aquecer-se. No dia de São José eu fiz vinte, e olhei

To be.

"Brincar de ser feliz é mais do que inventar. É mais do que pensar, falar e agir. Brincar de ser feliz é simplismente brincar. O conceito de uma brincadeira não exige grande esforço para se entender: é brincar por brincar, fazer por fazer(eco!)! A felicidade minha, sua, nossa está aqui - do começo ao fim do jogo de pique, taco ou bola. Correr, cansar, cair, gritar, brigar. Ser feliz é do verbo estar, felizes os ingleses que não separam uma coisa da outra!" Texto meramente obrigativo (neologismo). 

Anjo Barroco

Entre o bem o mal, Divino e carnal, Certo e errado, Conivente e pecado. Anjos barrocos: São gordinhos, São loirinhos, São bundudos. Então clamo: "Deus: Apagues de mim A vontade o grito A carne, o fim" Mas quero a carne. "Deus, tanto quero!" Preciso tanto quanto minh'alma e coração. E se vierem juntos então? Sei que longe estão,  mas quero, de coração, a divindade e o tesão.

Triste constatação

Há uma inverdade social nada agradável. O homem (masculino) não foi feito para mostrar cultura sem ser julgado como homossexual. Tem de ser inteligente, mas de sua maneira rústica. O agravante é esse julgamento partir, na maioria das vezes, das mulheres. Antes de um despeitado do mesmo sexo do que de uma insegura pretendente O porquê disso tudo? Sabe-se lá! Feliz dia das mulheres  =)

Distant Worlds

Enquanto Edgard saía para trabalhar, contemplava o céu e as formas abstratas púrpuras de mexilhão de nuvens. Edgard sabia que no mundo distante do seu Alice olhava o mesmo céu... com outras gravuras, outras vontades, outros gritos pitorescos de imagens naturais próprias desse mundo, ainda sim de mundos diferentes. Alice sentada no meio fio olhava carro por carro à medida que chiava baixo pela demora do ônibus. Forçando a vista para discriminar o número 11 do 14, sem querer olhou o alto da ladeira, e de lá viu o horizonte, e do horizonte o céu, e do céu as nuvens. Pensou em Edgard e no mundo dele, no desconhecido mesmo mundo dela. Alice conheceu Edgard por carta. Sim, por carta. Certo dia, o rapaz comprou um produto bem cretino de uma empresa longe - bem longe ... em outro estado! - e ao notar o mal funcionamento mandou uma carta para a empresa; muito mal criada, diga-se, na qual reclamava de sua aquisição. Truque do destino é que Alice era vizinha da tal empresa, e Edgard confundiu o n

Meme.

A Lívia Brito, do Mera Distração, é uma fofa e me mandou isso aqui. Lembra aqueles questionários de caderno, lembra também aquela corrente de e-mails que eu e meus chegados amigos internáuticos respondemos. Achei o nome meio esquisito, e demorou pra sacar de quê se tratava, mas taí, pra quem se interesse por mim: 1. A última pessoa com quem falou hoje : Não sei, conta internet? Estou falando com a Marília e o Tiago no msn – pra variar – mas se for no âmbito físico (?), foi minha irmã. 2. A última coisa que falou : “Saicu”. Sim, isso é sério, temos um relacionamento todo embasado em carinho e palavras sutis. 3. O último pensamento : “Coo! Preciso postar alguma coisa... Acho que vou pegar aquela prova de Crônicas que fiz na aula de Leitura e Redação semestre passado e passar aqui... Meme? Vou ter que mandar um barato assim igual? Ufa! Aquela prova AINDA é meu ultimo recurso!” 4. A última pessoa com quem brigou : Na boa? Não sei mesmo. Eu brigo com as pessoas todo o tempo mas nad

Posso contar um segredo?

Parando pra pensar: Tenho um ótimo emprego; Estudo em um curso que me condiz; Tenho amigos que eu amo e me amam; Minha família é minha base; Sinto admiração e amor reciprocamente por uma mulher. * Pensando sem parar: Meu emprego afoga-me em revolta; Meu curso me deixa vazio; Eu dependo demais dos meus amigos; Minha família consegue me irritar; A mulher está muito longe geograficamente. * Sem parar e sem pensar: Sinto-me bem com o emprego, mal com o que passo lá; A faculdade me acrescenta, mas me sufoca; Meus amigos são minha base, e estou em queda livre; Minha família é meu reflexo, ou vice-versa; Deus teve um propósito em me colocar aqui e a ela lá. Qual é meu conceito de felicidade?

Tanto Forte

Cassiana amava João. Mas amava tanto, tanto e tanto, que não o conhecia. O amor que ela tinha por ele era forte, forte tão forte que a cegava. João amava Mariana. Mas amava tanto, tanto e tanto, que a odiava. O ódio que ela tinha por ele era forte, forte tão forte que não o fazia viver sem ela. Mariana amava Raquel. Mas amava tanto, tanto e tanto que transava com ela. O tesão que ela tinha por ela era forte, forte, tão forte que a fazia o papel-higiênico escorregar. Raquel amava Lídio. Mas amava tanto, tanto e tanto que era casada com ele. O companheirismo que ela tinha por ele era forte, forte, tão forte que os dois tinham um filho. Lídio amava Lucas. Mas amava tanto, tanto e tanto que era um pai curuja. O sentimento que ele tinha por ele era forte, forte, tão forte que o desesperava ver seu filho morrer. Lídio amava Pinóia. Mas amava tanto, tanto e tanto que comprava pó dele todo dia. O vínculo que ele tinha com ele era forte, forte, tão forte que ele começou a dever e foi baleado. P

A pedra no rio.

O ano era algum em torno de 1930. A moça era jovem, tinha dezesseis ou dezessete quando casara. O marido era mais velho, beirava os vinte e seis ou os vinte e oito. Ninguém sabia ao certo. As más e sinceras linguas diziam que a pressa no casamento aconteceu pela desonra da moça. Boato ou não, havia acontecido e ela pegou barriga. Os patrões do rapaz deram moradia e função a ambos. Ele carpinava, roçava, ajudava na lavoura e ordenhava os animais. Ela ficava na casa grande, fazendo companhia e satisfazendo os caprichos da jovem senhora. A barriga crescia a cada dia. Uma das funções da rapariga era lidar com louças e roupas, trabalho o qual lhe satisfazia, pois ia pra beira do rio, com o céu e a imensidão do mundo [nada interessantes a ela] acima. De bacia na mão - o alumínio alumiava-se pelo sol - cantarolava uma das canções que ouvira da ama mais velha. Usava a barrigona de apoio para algumas peças de roupa, enquanto esfregava uma na outra de cóco

Conselho X Consciência.

Perguntei: - Não quero mais viver assim! O que eu faço? Socorro! Responderam: - Se ela voltar com isso, chama num canto, estufa o peito e manda a real. Nem que suas próprias palavras lhe machuquem. Sou uma vergonha pra classe teatral.

Estética

Tem coisas as quais a gente sinceramente sabe que não nasceu para, certo? Uma delas, em minha vida, com certeza é tudo o que tange o conceito de artes plásticas. Eu até consigo apreciar uma boa obra de arte, uma escultura e uma foto quando vejo, mas definitivamente não possuo o dom para fazê-los, sequer pra comecá-los! Estou dizendo isso porque sentei aqui na frente desse computador, super de boa, pra procurar aprender um pouco sobre webdesign ou essas coisas do tipo, ou então encontrar imagens que me agradassem para meu blog. E é aí que encontrei a dificuldade. Eu sou tão hiperativo/ indeciso que olhei quatrocentas e oitenta e três mil e cento e vinte e uma imagens e não escolhi nenhuma. Minha idéia pro Meros Devaneios Tolos é colocar algo que faça jus ao seu nome. Daí dei uma escafurchada na internet em busca de um template ( tipo, o formato do blog) pronto. Encontrei dois em um blog dedicado somente a isso Eu achei as duas mais bonitinhas, pois, reafirmo, entendo patavinas dessas

Entrelinhas de um criado mudo.

Eu acho que tenho certeza daquilo que eu quero agora; daquilo que mando embora; daquilo que me demora. Eu acho que tenho certeza daquilo que me conforma; daquilo que quero entender e não acomodar com o que incomoda. Não acomodar com o que incomoda,mas... Acordava do mesmo jeito de sempre: feio, descabelado e sem um pingo de vontade de viver. Vivia do mesmo jeito de sempre, também pudera, sua vida era completamente sem graça... Pra ele! Descrevia-se na terceira pessoa, por achar bonito. Dizem que essa mania não passou ainda, não por enquanto. Era vago em suas palavras, pra não se denunciar, não se expor, não ter que dar satisfações. Brigava constantemente com quem mais amava, amava constantemente quem mais brigava. Chorava. Sentava em frente uma máquina praticamente todos os dias da sua vida, o dia todo, aproveitando dela apenas as pessoas que faziam o mesmo. Precisava de um banho frio, um espelho, uma surra do destino. Precisava de distância de casa. Reencontrou a si mesmo. Via uma cri