" Os olhos meio-fechados estavam turvos com o infinito cinismo da vida adulta. Eles asseguraram a Simon que tudo era um mau negócio.
-Não existe ninguém para lhe ajudar. Apenas eu. E eu sou o Bicho... Coisa vã o Bicho ser algo que você possa caçar e matar!... Você sabia, não? Eu sou parte de você? Perto, perto, perto! Eu sou a razão por ser tudo sem jeito? Pelas coisas serem do jeito que são?"*
Se fosse pra escolher algum, eu escolheria o Simon.
Estar junto, sentir-se incluso, escutar ao chefe, à concha!
Dar sua opinião, encorajar seu amigo, obedecer ao errado (mesmo discordando), pensar bem para falar, e não conseguir falar nada.
Procurar um jardim secreto, atrás da cortina de samambaia, com um círculo de borboletas.
Sentir-se violado com Beelzebub parado em meu santuário, encarando-me com seus olhos cínicos, e alucinar-me por sua presença hipócrita.
Mesmo assim, seria o único com coragem de subir e encarar o Bicho. E descobrir quem é ele. E vomitar em sua presença. E descer correndo, com lágrimas nos olhos. E de chegar gritando. E de entrar de butuca no ritual. E de ser assassinado pela massa. Engolido pelo mar...
Pra depois passar por isso tudo, ser comparado à alegoria de fé e religião!
Pois que eu seja o incerto Simon, alegorizando minhas verdades ocultas.
Comentários
gostei daqui
voltarei!
bjo
volte sempre ilustre leitora, e obrigado pela inspiração
google+senhor das moscas+ seu blog
^^
Se pá isso acontece o tempo todo.