Que sensação é essa? Que medo do que está por vir povoa o meu ser, hoje, aqui em meu velho quarto azul? "Li" meu álbum de fotografias à Camões: de uma maneira "nunca dantes explorada".
Vi tudo o que a vida, ou , sem ter vergonha, este Ser maior, está querendo me mostrar, me esfregar na cara, me fazer engolir, digerir e carregar comigo.
De qual pressuposto infame estou, eu , partindo quando sinto-me só e para sempre à mercê de um destino repleto de infortúnios?
De qual pressuposto infame estou, eu , partindo quando sinto-me só e para sempre à mercê de um destino repleto de infortúnios?
Há sim, quem me apoie e deseje, mais que tudo em sua vida, meu pleno sucesso e realização pessoal. Mal-agradecido, eu omiti tal fato de minha mente e coração.
"De hoje em diante, serei quem sou, no instante agora". Foto por foto, via que nada em minha vida fora em vão, portanto não tenho o direito de torná-la obstoleta conforme sigo meus futuros passos.
Idealizei meu percurso, seguir-lo-ei , agora, com a elegância de um errante. O que me felicita é saber que já saí de fábrica com o alvará para cometer quaisquer erros. O máximo que me custará é a morte, quero dizer, só por consequëncia dela não poderei consertar meus enganos.
Minha humanidade é, sempre foi e sempre será, meu maior e melhor porto seguro. Não me consifero perfeito, mesmo, e dou graças por isso. No entanto, tal fato não é justificativa para a "persistência no erro auto-confortante". Fiz-me entender, creio.
Voltando à trajetória que estou a percorrer, abri meu leque de opções e lido com elas de uma maneira assustadoramente objetiva: uma proeza inerte ao meu ser.
Daí, assim:
Em dezenove anos e dois meses, fui sendo rodeado pelo meu destino, mesmo que eu ou outros tentássmos fazê-lo dasistir. O danado encontrou uma brecha e foi tomando conta pouco a pouco. Tá aqui agora, ao meu lado, fazendo-me cafuné enquanto escrevo. Dando-me, assim, inspiração: uma das suas principais armas na luta por sua própria realização.
Sobre o destino, é impossível citá-lo sem o relacionar diretamente à sua mandante: a arte.
Juro que sou artista, viu? Amiúde faço por aí das minhas artes. Não precisam ser reconhecidas pela sociedade, por um amigo, por um estranho, por mim, por ninguém! A arte se basta pelo ritual estabelecido no momento de sua criação. Aí, eterniza-se, pois, mesmo com etapas primitivas, o destino dessa arte já está muito bem ob/subjetivado. Estando eu também em mesmas condições, concluo, na penúltima foto, que também sou arte.
Comentários
haahhahaahahha
Gostay desse texto, se parece com você.