Cassiana amava João.
Mas amava tanto, tanto e tanto, que não o conhecia.
O amor que ela tinha por ele era forte, forte tão forte que a cegava.
João amava Mariana.
Mas amava tanto, tanto e tanto, que a odiava.
O ódio que ela tinha por ele era forte, forte tão forte que não o fazia viver sem ela.
Mariana amava Raquel.
Mas amava tanto, tanto e tanto que transava com ela.
O tesão que ela tinha por ela era forte, forte, tão forte que a fazia o papel-higiênico escorregar.
Raquel amava Lídio.
Mas amava tanto, tanto e tanto que era casada com ele.
O companheirismo que ela tinha por ele era forte, forte, tão forte que os dois tinham um filho.
Lídio amava Lucas.
Mas amava tanto, tanto e tanto que era um pai curuja.
O sentimento que ele tinha por ele era forte, forte, tão forte que o desesperava ver seu filho morrer.
Lídio amava Pinóia.
Mas amava tanto, tanto e tanto que comprava pó dele todo dia.
O vínculo que ele tinha com ele era forte, forte, tão forte que ele começou a dever e foi baleado.
Pinóia amava Cassiana.
Mas amava tanto, tanto e tanto que tentou conquistá-la
A paixão que ele sentia por ela era forte, forte, tão forte, que fingia que seu nome era João.
Comentários
Demais, muito bem feito.
Parabéns!
;)
Não podia faltar a pitada de Celo (tanto aqui, quanto no seu comentário), que sempre me arranca um sorriso do rosto, mesmo eu estando no escritório da empresa. =D
Me lembrou algo estilo ''Quadrilha'' de Drummond, porém muito, muito mais contempôranio.
Fantástico!
Curioso como as tragédias, desde Sófocles, trazem dentro de seu valor moral, uma catarse final.
Parabéns!
;P