Pular para o conteúdo principal

Pleno Quotidiano VII

Cena 10

(sala de aula, carteiras do canto)

- Você gosta dela.
Marcos: - Sim, por quê?
- A frase foi afirmativa
Marcos: Então, lhe digo: Com certeza!
- Mas você não ama.
Marcos: Por que me pergunta isso?
- De novo.
Marcos: - Então, por que afirma isso com tanta convicção?
- Só falo o que eu vejo.
Marcos:- Tá com ciumes é ?
- Não seja ridículo.
Marcos: - Você não merece metade da atenção que eu dispenso à ela.
- Não mereço. Mas eu tenho.
Marcos: - Em seus sonhos
- Fatos falam mais alto do que sonhos, Marcos.
Marcos:(pausa) - Como assim?
- Você quer mesmo que eu explique?
Marcos: (pausa) - Sim.
- Então se o que você quer é ouvir da minha boca, eu lhe digo...
Marcos: ( interrompendo) - Cala essa boca.
- (silêncio)
Marcos: O sinal já tocou, já tem gente entrando na sala.Vá pro seu lugar.
- Eu sento aqui.
Marcos: -Esse lugar é dela.Você sabe muito bem disso.
- Hoje quem quer ocupar a cadeira dela sou eu.
Marcos: - Não dê nenhum escândalo!
- Jamais.
( Gabriella entra)
Gabriella: - Oi.
Marcos: - Oi.
- Oi
Gabriella: - Roubou meu lugar hoje é ?
- Só por hoje
Marcos: - Senta aqui Gabi. (aponta pra uma cadeira ao lado)
Gabriella:(senta-se) - Qual era o assunto?
- Você.
Marcos:(encara com ódio)
Gabriella:- Por isso que minha orelha queima.(ri)
Marcos:-É brincadeira. Olha a aula já vai começar.

(B.O)

Comentários

Tiago Faller disse…
HOHO! Medo desse povo aí, Celo... Falam até o que nao deve na cara do outro. Rsrs!

Postagens mais visitadas deste blog

Pão, pão; queijo, queijo.

- Então é isso, Celina? É pão, pão; queijo, queijo?... Eu bem vejo como você é determinada, como é cheia de preceitos e, sabe, isso é bonito de ver, Celina. Gente assim tá em falta no mundo, de verdade. Gente que sai, que escuta os outros, que pensa sobre as atitudes e que depois não arreda pé daquilo que determina. Eu não, Celina,  eu sou um bundão. Todos os dias eu saio por aí tentando colecionar afetos depois que você me deixou. Não é que eu esteja te culpando, Celina, logo você que é tão compreensível. Eu só saía por aí tentando ser uma daquelas pessoas que conquista todo mundo com um sorriso, uma palavra doce, igualzinho a você. Eu queria ser você. Só que não adianta, não é verdade, Celina? Não adianta a gente querer mudar o que é de verdade, além de bundão, eu sou um turrão. Só me compram depois que lêem da página dois pra lá; contigo não, você é tão cheia de si, tão dona do sorriso mais sincero que eu já vi. Na verdade eu queria você pra ser um pouco como você. Eita menina deter

O post do alcólatra

Situação: álcool na sexta e no sábado. Sábado é hoje, álcool presente contínuo. Decido por fazer a experiência de postar em tais moldes, veremos.Gostaria de dicertar sobre ontem. Tudo começa com a extrema irritação proveniente da convicência com outros seres-humanos ao longo do dia todo. Brigas e mais brigas, discuções, vontade de mandar ir tomar no cu pois minha vida é minha, se é que me entendem. Mas daí. Veio o encontro casual. Pessoas que estavam predestinadas a estarem lá naquela hora e naquele local. Revelações que apenas esperavam a oportunidade pra serem confirmadas, pois todo mundo já sabia de todo mundo. Diversão. Adrenalina. Flerte. Luxúria. Vergonha. Despreocupação. Casa. Xingo. Ressaca e dores genitais. Chega o sábado. Mentiras vão, mentiras vêm. Desculpas esfarrapadas que colam muito bem são dadas. Orgulho. Aniversário de irmã. Festa "surpresa". Carro de telemensagem. Declaração de amor. Falando em amor, o amor da vida estava presente. Contei todo o ocorrido no

Conselho X Consciência.

Perguntei: - Não quero mais viver assim! O que eu faço? Socorro! Responderam: - Se ela voltar com isso, chama num canto, estufa o peito e manda a real. Nem que suas próprias palavras lhe machuquem. Sou uma vergonha pra classe teatral.