Cena 3
(noite, quarto de Marcos, luminárias ligadas)
Marcos:-(entrando) Vem Cá, pode entrar.
Carina:-(logo atrás) Brigada Má.Desculpa ter vindo sem avisar, é que se eu não pegasse essa revista hoje, ia estar ferrada!
Marcos:- Cara, eu juro que nem lembrava que tinha emprestado isso de você.Eu a vi hoje mesmo, eu tava limpando o quarto.Dei até uma lida e ri piscinas com ela.
Carina:-(rindo) Haha, riu do quê?
Marcos:- Tinha uma matéria muito escrota, falando de coisas puritanas e tal.
Carina:- Coisas puritanas? Que matéria?
Marcos:- Uma que falava de alma gêmea, ou algo assim.
Carina:- Ah tá! Eu sei do que você tá falando.Essa matéria se chama "Escolher sem procurar", se eu não me engano.Aliás, o autor dela é...
Marcos:-(interrompendo)...é a pessoa mais decepcionada da face da terra!(ri alto)As coisas que ele escreveu, me mataram de rir.O coitado esperava que as pessoas fossem acreditar nessa baboseira toda, de encontrar a pessoa certa, de se "auto-valorizar" e não sei mais o que.
Carina:- Marcos, você tá agindo feito um idiota.
Marcos:- Eita! Por quê? Não vá me dizer que você concorda com o que ele disse.
Carina:- Claro que eu concordo!
Marcos:- Carina, deixe de ser piegas...
Carina:-(interrompendo) Não é questão se ser sentimental.Muito pelo contrário.Eu tô sendo é racional.
Marcos:- Racional? E em qual sentido?
Carina:- Em todos, droga!(pausa) Veja bem, Má. O que está escrito lá é uma questão atemporal.O tema que o autor levantou é algo para ser discutido e vivido em todas as épocas. Aquele texto só está lá por censura,infelizmente. Reparou na data da revista? É em plena ditadura. Colocaram aquilo lá pra tapar alguma critica ao governo. Mesmo assim, esse texto não é uma receita de bolo qualquer. O problema é que as pessoas não dão valor.
Marcos:- Pessoas como eu, é?
Carina:- Não como você.Mas as que agem do jeito que você está agindo.Eu, por toda nossa amizade, sei muito bem que você não é desse tipo de pessoa.
Marcos:- Por favor.Não cutuque meu passado.
Carina:- Eu não estou falando de nada que passou.Eu to falando do que você é!
Marcos: Como assim?
Carina:- Você é muito mais piegas do que eu, garoto. E não adianta negar. Eu nunca te vi saindo e "pegando geral" por aí.
Marcos:- Isso não mesmo.Mesmo assim, não é questão de se auto-valorizar ou não sei o que mais.Eu não gosto e pronto.
Carina:-Não gosta por quê?
Marcos:- (silêncio)...Tá...Talvez seja porque eu ache besteira fazer isso.(pausa)Olha Cá, eu ri da matéria pelo o que o autor sugeriu, tipo, faz 40 anos que ele escreveu isso e o problema ainda não se resolveu.Pelo contrário, se agravou.
Carina:- Claro! Felizmente, ainda existem pessoas iguais a você.
Marcos:- Sentimentais, é?
Carina:-Não exatamente.Não é que você leve tudo à flor da pele.Eu só sei que você ainda acredita no amor, e acha que pode encontrar a pessoa certa. Alguém que te agrade até nos defeitos.
Marcos:-(silêncio)Alguém que me agrade nos defeitos, é.Pensando bem acho que conheci essa pessoa há umas duas horas.
Carina:- Quem!? Onde!?
Marcos:- (rindo) Ninguém, sua tonta.É que você disse isso sobre defeitos, e a primeira imagem que veio à minha cabeça foi essa.Eu gostei dos defeitos. Achei até engraçado o jeito rabugento.
Carina:- Má, seu maldito! Me conta!
Marcos:-Num é nada Cá, já disse.(pausa)Olha lá. Achei a revista! Estava em baixo daquela pilha de roupas.
Carina:-(pegando a revista) Organizado como sempre.Enfim.Deu minha hora, já são quase 8 da noite.Tenho que dormir cedo, que amanhã é dia de viagem.
Marcos:- OK, amor.
Carina:-(beija o rosto de Marcos) Tchau, querido.Pensa no que eu te disse.Se esses defeitos de agradam, parte pra cima.Ou então, fique de boa e espere outro amor chegar.Falando em chegar, você reservou os livros pra minha prima?
Marcos:-Reservei.
Carina:- Obrigada, então.Vou nessa com a Quotidiano.(balança a revista) Beijo Má!(sai)
Marcos:-(só e cantando baixo)...Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar...
(B.O)
(noite, quarto de Marcos, luminárias ligadas)
Marcos:-(entrando) Vem Cá, pode entrar.
Carina:-(logo atrás) Brigada Má.Desculpa ter vindo sem avisar, é que se eu não pegasse essa revista hoje, ia estar ferrada!
Marcos:- Cara, eu juro que nem lembrava que tinha emprestado isso de você.Eu a vi hoje mesmo, eu tava limpando o quarto.Dei até uma lida e ri piscinas com ela.
Carina:-(rindo) Haha, riu do quê?
Marcos:- Tinha uma matéria muito escrota, falando de coisas puritanas e tal.
Carina:- Coisas puritanas? Que matéria?
Marcos:- Uma que falava de alma gêmea, ou algo assim.
Carina:- Ah tá! Eu sei do que você tá falando.Essa matéria se chama "Escolher sem procurar", se eu não me engano.Aliás, o autor dela é...
Marcos:-(interrompendo)...é a pessoa mais decepcionada da face da terra!(ri alto)As coisas que ele escreveu, me mataram de rir.O coitado esperava que as pessoas fossem acreditar nessa baboseira toda, de encontrar a pessoa certa, de se "auto-valorizar" e não sei mais o que.
Carina:- Marcos, você tá agindo feito um idiota.
Marcos:- Eita! Por quê? Não vá me dizer que você concorda com o que ele disse.
Carina:- Claro que eu concordo!
Marcos:- Carina, deixe de ser piegas...
Carina:-(interrompendo) Não é questão se ser sentimental.Muito pelo contrário.Eu tô sendo é racional.
Marcos:- Racional? E em qual sentido?
Carina:- Em todos, droga!(pausa) Veja bem, Má. O que está escrito lá é uma questão atemporal.O tema que o autor levantou é algo para ser discutido e vivido em todas as épocas. Aquele texto só está lá por censura,infelizmente. Reparou na data da revista? É em plena ditadura. Colocaram aquilo lá pra tapar alguma critica ao governo. Mesmo assim, esse texto não é uma receita de bolo qualquer. O problema é que as pessoas não dão valor.
Marcos:- Pessoas como eu, é?
Carina:- Não como você.Mas as que agem do jeito que você está agindo.Eu, por toda nossa amizade, sei muito bem que você não é desse tipo de pessoa.
Marcos:- Por favor.Não cutuque meu passado.
Carina:- Eu não estou falando de nada que passou.Eu to falando do que você é!
Marcos: Como assim?
Carina:- Você é muito mais piegas do que eu, garoto. E não adianta negar. Eu nunca te vi saindo e "pegando geral" por aí.
Marcos:- Isso não mesmo.Mesmo assim, não é questão de se auto-valorizar ou não sei o que mais.Eu não gosto e pronto.
Carina:-Não gosta por quê?
Marcos:- (silêncio)...Tá...Talvez seja porque eu ache besteira fazer isso.(pausa)Olha Cá, eu ri da matéria pelo o que o autor sugeriu, tipo, faz 40 anos que ele escreveu isso e o problema ainda não se resolveu.Pelo contrário, se agravou.
Carina:- Claro! Felizmente, ainda existem pessoas iguais a você.
Marcos:- Sentimentais, é?
Carina:-Não exatamente.Não é que você leve tudo à flor da pele.Eu só sei que você ainda acredita no amor, e acha que pode encontrar a pessoa certa. Alguém que te agrade até nos defeitos.
Marcos:-(silêncio)Alguém que me agrade nos defeitos, é.Pensando bem acho que conheci essa pessoa há umas duas horas.
Carina:- Quem!? Onde!?
Marcos:- (rindo) Ninguém, sua tonta.É que você disse isso sobre defeitos, e a primeira imagem que veio à minha cabeça foi essa.Eu gostei dos defeitos. Achei até engraçado o jeito rabugento.
Carina:- Má, seu maldito! Me conta!
Marcos:-Num é nada Cá, já disse.(pausa)Olha lá. Achei a revista! Estava em baixo daquela pilha de roupas.
Carina:-(pegando a revista) Organizado como sempre.Enfim.Deu minha hora, já são quase 8 da noite.Tenho que dormir cedo, que amanhã é dia de viagem.
Marcos:- OK, amor.
Carina:-(beija o rosto de Marcos) Tchau, querido.Pensa no que eu te disse.Se esses defeitos de agradam, parte pra cima.Ou então, fique de boa e espere outro amor chegar.Falando em chegar, você reservou os livros pra minha prima?
Marcos:-Reservei.
Carina:- Obrigada, então.Vou nessa com a Quotidiano.(balança a revista) Beijo Má!(sai)
Marcos:-(só e cantando baixo)...Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar...
(B.O)
Comentários
Continua bacana de mais sua história!
Em plena aula de Engenharia de Software to curtindo seu blog. Hehe!!
Abraços, nego...
obrigado Tih :)
pelo menos UMA pessoa devaneia por aqui
abraços